Birra, como lidar? Limites, respeito toda criança deve aprender!
Quando chega o bebe na família, todos
ficam a sua volta e ao menor sinal de reclamação, os pais já correm para dar
leite, ninar ou aquecer o bebe que ainda é um ser indefeso, claro esse
comportamento é de extrema importância para formar uma base sólida da
autoestima. Mas claro, que aos poucos o bebe precisa entender que nem todos os
seus desejos serão satisfeitos, por ser uma regra básica da vida.
Desde bebes já passa por frustrações
como querer sair da cadeira de papa quando é hora de comer, ou quando não comeu
tudo, precisa conversar com o bebe e explicar e se ele tiver alguma reação
agressiva apenas segure a sua pequena mãozinha e faça contato visual para
demonstrar que o comportamento é errado, como explica Bourroulm 2013.
Os limites começam
desde cedo, assim que o bebe nasce, com a própria rotina da casa, seu filho já
precisa se adaptar as regras da casa. Mas porque até ontem era uma criança
calma, tranquila, e parece que hoje acordou virado, gritando, chorando e se
jogando no chão, mas o que houve com o bebê tranquilo que tinha aqui até ontem,
hoje é outro bebê. Mas em você mamãe passa os mais diversos sentimentos, o que
é considerado normal, a vergonha, a raiva e até a vontade de rir da situação.
Mas o que fazer para aliviar essa fase, se ela realmente tiver que existir?
Normalmente a birra
aparece entre os 2 e 4 anos, as crianças começam por testar os limites dos pais
e diante de um “não”, elas choram, se jogam no chão até gritam com os pais.
Esse comportamento ocorre porque não aprenderam a lidar com a sensação de
frustração, essa fase pode começar já com 6 meses e ir chegar até os 8 anos.
Tudo depende de como os pais lidam com esse comportamento. Claro se o comportamento
ultrapassar os limites é fundamental procurar ajudar de um especialista. A
criança não sabe expressar o que está sentindo, então esse comportamento pode
ser uma forma de pedir ajuda, por uma situação complicada que esteja passando.
As reações pode, ser choro incontrolável, gritos, agitações, claro precisa ver
se ela não está apenas testando os pais, ou se é realmente um pedido de socorro
por um sentimento novo que é a frustração e não saber lidar com ela.
Quando a birra começar,
ao menor sinal, é hora se já conversar com a criança, explicar conforme a idade
dela, se a palavra “não” vai magoar a criança, mude de ambiente para
distrai-la, proponha algo para que posso entretê-la. Se for algum brinquedo,
peça para escolher para o aniversário, dia das crianças, a data comemorativa
mais próxima, mas claro se não puder comprar explicar que o brinquedo está
muito caro.
As birras também pode acontecer se a criança já estiver
irritada, com sono, com fome, calor, pois precisam de um lugar tranquilo e se
cansam rapidamente, devemos estar atento como está o dia dos nossos pequenos.
Devemos observar as situações, se for de perigo, retirar a
criança imediatamente, independentemente de seu comportamento. Se for um lugar
tranquilo, sempre manter a calma, a criança segue o seu exemplo. Quando passar
a situação abrace seu filho para que ele se sinta seguro. Sabendo que as
crianças pequenas de até cinco anos, não prestam atenção por mais que trinta
segundos nas falas dos adultos.
Como podemos auxiliar as nossas crianças a entender a
importância de respeitar o próximo e compreender que o mundo não gira em torno
de seu umbigo, e parar com as famosas birras? Os pais devem mudar pequenos
comportamentos no dia a dia, que já auxilia na mudança de comportamento da
criança, começando por explicar que ela não pode tudo.
Ainda bebê, já deve possuir uma rotina como os horários de
banho e as mamadas. Quando a criança começa engatinhar e andando por tudo, é
hora de ensinar que deve cuidar do mundo ao seu redor, como não arrancar as plantinhas,
não jogar objetos. Assim como ela recebe cuidado dos pais, ela precisa cuidar
das coisas ao seu redor.
Quando a criança entra em contato com outras crianças, vai
ter que aprender a dividir, principalmente os brinquedos, nessa fase tem a
famosa frase “é meu!” um dos grandes desafios nessa fase de contato com outras
crianças, o que pode acontecer é a criança morder, ter ataques de fúrias,
exigir que a criança peça desculpas é fundamental, para aprender a respeitar o
colega. As crianças exigem um explicação mais elabora, aproveitamos da situação
e passamos valores, questões morais, para a criança aos pouco indo adquirindo
esses valores.
Crescendo mais um pouco, a criança está inserida no convívio
social e podemos sim reforçar a noção de desperdício, aos poucos a criança
aprende a diferenciar o necessário do exagero, como doar brinquedos que não usa
mais, se desfazer das roupas, pegar apenas o que comer. E a criança já tem
noção de que o que se doa não volta mais, definindo assim o que é importante
para ela.
As crianças por si só já pede por regras, compreende e
precisa dos limites impostos pelos pais, se sentem seguras e confiantes tendo
os limites, deve-se ensinar as crianças que não somo 100% em tudo e que
ganhamos e perdemos e temos que lidar com essas situações, é preciso ensinar
como melhorar as habilidades, não colocando a criança como vítima, e ensina-la a reconhecer as habilidades que
as outras pessoas possuem, sempre incentivando o seu filho a desenvolver as
capacidade que possuem, sempre conversando e explicando. A criança gosta de
rotina, saber o que vaia acontecer, o que pode ou não fazer, passa segurança
para a criança, demostra preocupação para com ela.
A criança precisa de uma rotina, até para dormir, pois essa
rotina regula o relógio biológico da criança, se não afeta o humor, apetite,
começa ir mal na escola, problemas emocionais
como ansiedade e brigas com os colegas. Claro que conseguir estabelecer uma
rotina, todos esses problemas se resolvem
Dica da Menegueço, 2013, na hora de colocá-lo para dormir,
vista o pijama e ofereça um pouco de leite (ou amamente, no caso dos menores).
Com ele já deitado na cama ou no berço, conte uma história, uma música calminha
ou até mesmo cantada por você pode fazer parte deste momento. Quando já estiver
quase dormindo, dê um beijinho de boa noite e deixe-o adormecer sozinho. Pode
ser que seu filho demore para se adaptar à rotina. Isso é normal. O importante
é se manter firme e repetir a técnica por pelo menos 15 dias antes de fazer
qualquer mudança. Aos poucos, por já saber o que esperar, a criança fica mais
segura e, com certeza, vai dormir melhor.
Punir por um mal comportamento, deve ser bem analisado, pois
crianças menores de 2 anos, não compreendem ainda a punição, e que estão
pagando por terem feito algo de errado, mas claro se ela jogar um brinquedo no
chão ou em alguém, e você tirar o brinquedo essa atitude pode ser um castigo
para ela. Quando a criança é maior vale tirar algo que ela goste, como ficar
sem tv. A falta de punição desorienta as crianças. Um olhar quieto e serio para
o seu filho é uma punição bem eficaz. Sabendo que o objetivo da punição é
incomodar como afirma o psicanalista Francisco Daudt da Veiga, citado por
Menegueço e Rogério, 2010. A criança precisa entender a relação do que fez e as
consequências, portando a punição deve ser ocorrer no mesmo momento, pois as
crianças tem uma visão imediatista. Lembrem-se palmadas, beliscão ou tapa, está
fora de cogitação, um bom dialogo resolve tudo.
Quanto mais cedo começarmos melhor será, pois quanto mais
velha a criança for, mais trabalho dá para colocar limites, mas nunca é tarde!
Invista no seu filhos!
Pp Kelly Cirelli
Referências Bibliograficas
Menegueço, Bruna (2013). Crianças sem rotina para
dormir têm mais problemas de comportamento. Revista Crescer. Disponível em:
http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Sono/noticia/2013/10/criancas-sem-rotina-para-dormir-tem-mais-problemas-de-comportamento.html
Acesso em 22/02/2015
Menegueço, Bruna; Rogerio, Cristiane (2010). 7 coisas que você tem de saber sobre a
birra. Revista Crescer. Disponível em: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,ERT119335-15151,00.html.
Acesso em 22/02/2015
Bourroul, Marcela (2013). Como criar uma criança sem
deixa-la mimada. Revista Crescer. Disponível em: http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2013/06/como-criar-uma-crianca-sem-deixa-la-mimada.html Acesso em 22/02/2015